Contrariando as previsões, faz um lindo dia de sol aqui no Rio. Moro no Leme e desde cedo está o maior movimento, seguindo a rotina de todo réveillon, a saber: Logo cedo o reboque da prefeitura começa a tirar os carros da rua. Os vendedores de flores chegam sempre na véspera e é um tal de palma de Santa Rita, galho de arruda, rosa vermelha, branca, rosa ... e um buzinaço por vezes ensurdecedor. Aí já é por conta dos enlouquecidos guardas de trânsito, que precisam organizar a passagem da multidão e carros, com o mínimo de estrago possível. Ônibus que nunca vi antes passam pela minha rua, que é estreita e calma, contribuindo grandemente para o caos. O supermercado Zona Sul, faz juz ao nome. Parece o último dia de comida da terra. Todos compram tudo num frenesi contínuo e desarticulado. A padaria e o mercadinho Sampaio, normalmente ilhas de tranquilidade, parece que vão explodir a qualquer momento jorrando gente para todo lado. E os camelôs? Um caso a parte. Vendedores de branco de última hora: túnicas, vestidos, cuecas, camisetas com a estampa 2009 em prateado, arquinhos luminosos para o cabelo... tem de tudo, freguês...
A praia recebe barracas de camping, garrafas, flores e flores... Entrar para um mergulho é correr o risco de sair com uma rosa enfiada em algum lugar.
Ainda não começou o som oficial. São 15h30min. Só alguns tambores e cantos isolados. O povo animado aguarda 2009. Das esperanças, das realizações, da felicidade...