Ao lado de monumentos que são patrimônio da humanidade, Córdoba conserva um outro monumento: A memória de seus desaparecidos, vítimas da repressão. Fiquei muito emocionada diante do prédio antigo, que traz em sua entrada formando impressões digitais, os nomes dos desaparecidos. Essa identidade atravessa a alma da gente. Nesse lugar, durante quase setenta anos, funcionaram diversas dependências da polícia de Córdoba. Nas décadas de sessenta e setenta, o Departamento de Informações da Polícia da Provínvia de Córdoba, conhecido como D2, transformou o lugar no centro de detenção dos prisioneiros políticos, que entre 1969 e 1983 foram sequestrados, torturados e executados pelas forças repressivas do Estado. Escrever no espaço público seus nomes significa para os cordobeses transformar o lugar em memória viva das vítimas e suas vidas serem gravadas como uma forma de dizer: Nunca mais!
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