sábado, 22 de novembro de 2008

Sheherazade, Rimsky-Korsakov e eu



Tive a sorte de ter pais leitores e hábeis em não empurrar livros pela minha garganta abaixo, e mais sorte ainda de ter tido uma “babá” exímia contadora de histórias. Morávamos em Minas nessa época; e ela era do interior do estado. Sabia muitos e muitos “causos” e encantava minha mente com reis, rainhas, princesas, bichos falantes e histórias de assombração. Não me lembro de uma noite sequer que não tenha dormido sob encantamento. Quando ela se casou e foi embora, eu já sabia ler, e ocupou o seu lugar uma outra babá, a Sheherazade, e suas “Mil e uma noites”. Acho que esse passado construiu a máquina de sonhar que me faz escrever.
Posto hoje esta primorosa leitura musical de Korsakov para todos nós, que vivemos "Sheherazadicamente".