Termino a leitura de L'Africain, de J.M.G. Le Clézio, Prêmio Nobel de Literatura 2008. É um texto autobiográfico, de rara beleza, em que Le Clézio revisita a África, para onde foi aos oito anos com a mãe e o irmão, ao encontro do pai médico, de quem esteve afastado e que pouco conhecia. Gosto muito das percepções do olhar da criança recontruído no fio de sua memória adulta em emoções cruzadas pelo olhar estrangeiro, que busca compreender simultaneamente a África e o pai.
Li o original, mas há uma tradução em português, da Cosac Naify, feita por Leonardo Fróes.