segunda-feira, 5 de abril de 2010

Nelly, querida Nelly

Existem pessoas que cruzam nosso destino de maneira surpreendente e definitiva tornando-se em nós, fundamentais. Conto:

Certo dia tendo eu um monte de idéias delirantes sobre a possibilidade de aplicar o conceito de contrato de comunicação, da Análise Semiolinguistica do Discurso, à literatura infantil e juvenil, tendo como hipótese a possibilidade de que, por meio dele, poderíamos entender parte do preconceito que paira sobre essa literatura, achei que talvez valesse a pena desenvolver essa pesquisa num doutorado. Nesse momento, a primeira pessoa que pensei que gostaria de ter como orientadora seria a professora Nelly Novaes Coelho, titular de Literatura Infantil e Juvenil da USP, que não me conhecia. Como não tinha a menor idéia de como encontrá-la, tentei um telefone da USP que achei na internet. Liguei e, quando disse que telefonava do Rio de Janeiro e gostaria de falar com a professora Nelly Novaes Coelho, a pessoa que atendeu começou a rir e passou o telefone para ela, que estava ao lado e, rindo, me contou que jamais vira tamanha coincidência, porque ela havia acabado de entrar naquela sala, aonde nunca ia, e que havia quinze dias que estava sem ir à Universidade. Quem conhece a USP sabe o quanto um encontro desses é improvável. Ela ouviu com toda atenção minhas idéias, na ocasião ainda bastante emaranhadas, e pediu que eu lhe enviasse um projeto. Pois é, foi assim que conheci a melhor orientadora que eu poderia sonhar. Nunca mais nos separamos e hoje é uma das maiores amigas que tenho.
Ela, que não para nunca, lançará no dia 14 de abril a quinta edição, revista e atualizada, do Panorama Histórico da Literatura Infantil/Juvenil, pela Amarilys, na Livraria Cultura - Conjunto Nacional, Loja das Artes, Avenida Paulista, 2.073
Para a Professora Nelly, do Brasil, nosso aplauso e gratidão.