sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Ne Me Quitte Pas
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas (x4)
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas (x4)
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embrasser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (x4)
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quite pas (x4)
Ne me quite pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas (x4)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
III Feira do Livro de Sergipe - curiosa coincidência
Havia na casa antiga de Santa Tereza à beira da rua do Oriente, onde morávamos, uma sala algo quieta e misteriosa. Era a sala do silêncio. Meu pai quedava-se, aí, diante de uma mesa, em atitude hierática, rodeado de livros, escrevendo e como que esquecido de tudo.
As estantes escuras, riscadas de in-fólios davam um aspecto sombrio ao ambiente. Eu chegava, muita vez, na porta, olhava-o e sentia um temor inexplicável. Não gostava da biblioteca. Não adivinhava ainda que naqueles livros, aparentemente inexpressivos, palpitavam idéias.
Eu ia pedir um tostão para comprar bala, perdia a voz e saía escabriado. Havia qualquer coisa de religioso no silêncio, na atitude de meu pai, na tranqüilidade daquela sala indiferente. Se daí me veio a veneração, só comecei a admirá-lo quando descobri nele o prestidigitador das cores.
Joaquim Ribeiro
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Convido a todos
III Feira do Livro de Sergipe: A palavra guarda o mundo
Com Vicência (irmã do Paulo), Jessier Quirino (brilhante poeta e ator) e Paulo Schettino (premiadíssimo cineasta)
Depois vou falar aqui no blog do trabalho deles, que é fascinante. Encantador também foi ver por lá um grupo de alunos da "Nossa Escola", com roupas de época, representando os personagens de várias obras de Machado de Assis. Eles andavam no meio do público e suas falas eram exatamente as que o escritor colocava na boca de seus personagens. Abaixo a foto de uma de minhas amigas mais queridas em Sergipe: a Lorena/Capitu
Ensaiando a obliqüidade do olhar...
Divertida mesa com o Paulo
Amanhã conto mais.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Mil vivas ao Bartô!!!!
Os cinco sentidos
Por meio dos sentidos
suspeitamos o mundo
Com os olhos nós olhamos a vida
...Olhar é fantasiar
sobre aquilo que
está escondido
atrás das coisas
...Com os ouvidos nós escutamos o silêncio
Bartolomeu Campos de Queirós
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Curiosidade lingüística sob o sol de Angola
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Prêmio Nobel de Literatura 2008
Claudio Magris (Itália, 1939)
Adonis (Síria, 1930; Líbano) – (poesia)
Amos Oz (Israel, 1939)
Joyce Carol Oates (EUA, 1939)
Philip Roth (EUA, 1933)
Don DeLillo (EUA, 1936)
Haruki Murakami (Japão, 1949)
Les Murray (Austrália, 1938) – (poesia)
Yves Bonnefoy (França, 1923) – (poesia e ensaio)
Inger Christensen (Dinamarca, 1935)
J.M.G. Le Clézio (França, 1940)
Michael Ondaatje (Sri Lanka, 1943; Canadá)
Thomas Pynchon (EUA, 1937)
sábado, 4 de outubro de 2008
Não é o Sarkosi!
Acho fantástico Le Petit Nicolas, esse personagem ingenuamente levadíssimo, criado por René Goscinny e fixado em traço por Jean-Jacques Sempé. De vez em quando releio suas aventuras. Para mim ele é "le chouchou des lecteurs". Quanto ao outro Nicolas, aussi petit, bien...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil?
Iniciei, em 1993, na UFRJ, como parte de uma especialização em Literatura Infantil e Juvenil, uma pesquisa no campo da Análise Semiolingüística do Discurso, do teórico francês Patrick Charaudeau. Percebi então que o conceito de contrato de comunicação, por ele proposto, poderia fornecer fundamentação teórica para resolver um problema que sempre me intrigara: o de pesar sobre a Literatura Infantil e Juvenil a crença, de alguns, de que ela seria “menor” do que a produzida para adultos. Esses estudos resultaram numa tese de doutorado, defendida na USP em 2003, intitulada O contrato de comunicação da literatura infantil e juvenil 1, em que pude demonstrar o equívoco desse preconceito, que ignora a especificidade da qualidade estética dessa literatura.
Meu objetivo após a defesa era dar continuidade a essas reflexões sobre a questão da qualidade em Literatura Infantil e Juvenil, estendendo-a ao maior número possível de pessoas, numa linguagem simples, livre do estilo acadêmico exigido por uma tese, para que os professores do ensino fundamental e do médio, bem como o público em geral, pudessem ter acesso a elas sem dificuldades. Como escritora e como teórica, achei que o melhor caminho, além de produzir um artigo com essas características, seria dar voz a outros autores infanto-juvenis, para que pudessem, eles também, apresentar seus pontos de vista sobre o assunto. A partir, então, da pergunta “Que é qualidade em literatura infantil e juvenil?”, dirigida a consagrados escritores do Brasil e de Portugal, surgiu o livro O que é qualidade em literatura infantil e juvenil – com a palavra o escritor², que vem sendo objeto de consulta de muitos estudiosos.
Dando continuidade a esse projeto, apresento agora O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil – com a palavra o ilustrador, que traz de maneira enriquecedora ao leitor o universo da imagem no livro produzido para crianças e jovens, universo esse que, para os não iniciados, é aparentemente inacessível. De forma clara, didática e ao mesmo tempo profunda, os ilustradores trazem para o leitor, por meio dos artigos, depoimentos e imagens, seus conhecimentos teóricos e suas experiências, de maneira a fornecer um instrumento de pesquisa ao alcance de qualquer interessado no assunto.
Estão aqui reunidos pela primeira vez alguns dos nomes mais representativos da ilustração no livro infantil e juvenil do Brasil e de Portugal, que, em harmonia com os objetivos do projeto, demonstram, tanto quanto os escritores o fizeram, que a arte produzida para crianças e jovens não é “menor” que a produzida para adultos, e sim que é de outra natureza, com categorias próprias e um contrato de comunicação peculiar.
Nisso consiste o espírito deste trabalho: contribuir para que se alije de vez da produção artística para crianças e jovens qualquer vestígio de preconceito resultante da falta de informação.
O livro é dividido em duas partes: uma de artigos, organizados numa seqüência que facilita a compreensão e a visão de conjunto dos temas tratados, outra de depoimentos, em que os ilustradores respondem à pergunta: “Que é qualidade em ilustração no livro para crianças e jovens?” Artigos e depoimentos são seguidos de imagens produzidas pelos autores. Há ainda um depoimento da programadora visual do livro, esclarecendo como foi o processo de idealização do projeto gráfico.
Desejo sinceramente que este trabalho reflita o sentimento de todos os envolvidos, que é o de ser útil aos que a ele tenham acesso.
Ieda de Oliveira
1- O contrato de comunicação da literatura infantil e juvenil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008 (publicado inicialmente, em 2003, pela Ed.Lucerna).
2- O que é qualidade em literatura infantil e juvenil – com a palavra a palavra o escritor. São Paulo: DCL: 2005.