Depois de uma pausa de fuga ao carnaval (moro no Leme cercada pela "Banda do Leme", "Meu bem eu volto já" e "Peru Sadio") encontro um mundaréu de tarefas esperando. Uma delas é preparar a arguição da dissertação de mestrado de Almir Ribeiro Miguel sobre "Coesão e coerência textual em dissertação: influência da oralidade". A defesa será no dia 11/03, às 14h, na UERJ. É aberta ao público. Quem desejar assistir, será no miniauditório no Bloco F, 11° andar, em frente à secretaria da pós-graduação.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Retorno e trabalho
Depois de uma pausa de fuga ao carnaval (moro no Leme cercada pela "Banda do Leme", "Meu bem eu volto já" e "Peru Sadio") encontro um mundaréu de tarefas esperando. Uma delas é preparar a arguição da dissertação de mestrado de Almir Ribeiro Miguel sobre "Coesão e coerência textual em dissertação: influência da oralidade". A defesa será no dia 11/03, às 14h, na UERJ. É aberta ao público. Quem desejar assistir, será no miniauditório no Bloco F, 11° andar, em frente à secretaria da pós-graduação.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Fadas contra a crise
Saiu hoje no Caderno 2 do Estado de São Paulo uma boa matéria sobre ilustração no livro infantil feita pelo jornalista Antônio Gonçalves Filho. Ele me ligou e me entrevistou por telefone. Como é uma matéria extensa, reproduzo aqui parte dela e o link para que possa ser lida na íntegra.
Fadas contra a crise
Antonio Gonçalves Filho
Ilustração de livro infantil deixou de ser coisa de criança. Entusiasmados com a demanda das editoras de olho nas compras governamentais de livros paradidáticos- que, a exemplo da Companhia das Letras e Cosac Naify, criaram selos especiais para o público infanto-juvenil - ilustradores se articulam para vender o produto de seu trabalho de forma mais organizada. Quem sai ganhando com a profissionalização é o leitor.
Fadas contra a crise
Antonio Gonçalves Filho
Ilustração de livro infantil deixou de ser coisa de criança. Entusiasmados com a demanda das editoras de olho nas compras governamentais de livros paradidáticos- que, a exemplo da Companhia das Letras e Cosac Naify, criaram selos especiais para o público infanto-juvenil - ilustradores se articulam para vender o produto de seu trabalho de forma mais organizada. Quem sai ganhando com a profissionalização é o leitor.
Impressionada com o aumento do nível das ilustrações de livros dirigidos a crianças e jovens, Ieda de Oliveira, professora carioca de Teoria da Literatura, até defendeu uma tese sobre o assunto e lançou pela editora Difusão Cultural do Livro (DCL) O Que é Qualidade em Ilustração no Livro Infantil e Juvenil, segundo de uma série de três volumes dedicados ao tema com a participação de escritores (o primeiro) , ilustradores (o segundo) e educadores (o terceiro, a sair ainda este ano pela mesma editora). Como um cartão de visitas, a Sociedade dos Ilustradores do Brasil (SIB) lançou um catálogo com alguns dos principais ilustradores que integram a associação. Em ambos os livros, um nome se destaca, o do premiado ilustrador Odilon Moraes, que faz a apresentação dos colegas no catálogo e acaba de lançar uma nova versão de seu A Princesinha Medrosa pela Cosac Naify, editora de outros livros ilustrados pelo arquiteto e artista que agora, com o "boom" dos livros destinados ao público infanto-juvenil, firmou com ela um contrato muito especial. Odilon foi desafiado a apresentar os projetos mais difíceis para a editora - desses que os concorrentes automaticamente recusam pelos altos custos gráficos e ambições artísticas. E A Princesinha Medrosa é o primeiro desafio vencido. Com ilustrações inéditas, o livro, também escrito por Moraes e anteriormente publicado pela Companhia das Letras, ganha novo formato e capa em baixo-relevo - aparentemente, apenas um capricho formal do autor mas que, no final das contas, acaba por revelar a prevalência do projeto do criador nas novas negociações com os editores. A capa de Odilon mostra o rosto de uma princesinha escondida atrás de uma janela, que se abre em relevo na capa branca, clara homenagem do ilustrador a um dos mais belos livros infantis, O Reizinho das Flores, da ilustradora tcheca Kvelta Pacovská, em que as primeiras páginas têm, ao centro, um buraco pode onde se entrevê a figura imóvel do monarca. Os cenários mudam, mas o rei permanece impassível com o passar das páginas. Já com a princesinha de Odilon, escondida atrás da janela com medo da solidão e do escuro, ela vê crescer o cenário e diminuir o trauma da sua incomunicabilidade à medida que a história avança. Ao se perder da comitiva, encontra seu perfeito interlocutor na figura de um pequeno súdito que conta estrelas à beira de um riacho. Se, no livro da tcheca Pacovská, o texto tratava do tédio do reizinho mesmo que a paisagem ao seu redor mudasse, o de Odilon precisava reforçar a solidão da princesinha - e nada mais indicado que isolá-la no canto da capa, numa janela em relevo, usando o design para reforçar sua fobia.
Esse é um dos aspectos estudados pela acadêmica Ieda de Oliveira em seu livro sobre ilustradores brasileiros, o da correspondência entre texto e imagem e a qualidade estética dessa literatura, que muitos julgam "menor" por ser dirigida a crianças. Ela, então, apresentou um questionário a consagrados autores brasileiros e portugueses e o resultado apontou para uma literatura que, ao contrário, apresenta um conteúdo tão sofisticado quanto o da literatura para adultos.
A professora usou anteriormente o conceito de "contrato de comunicação" do teórico francês Patrick Charaudeau- o da possível aceitação de um acordo entre o autor e o leitor que decide o êxito de uma obra - para definir a literatura infanto-juvenil (em sua tese de doutorado O Contrato de Comunicação da Literatura Infantil e Juvenil, publicada pela editora Lucerna). De fato, o que se vê hoje na ilustração de livros para crianças é uma preocupação maior com o leitor adulto que já tem _ ou deveria ter- o olhar suficientemente educado para passar a "mensagem" do ilystrador/autor às crianças. "Sem esse contrato de comunicação, até mesmo a crítica se equivoca na análise do livro infantil, ao usar o mesmo método de análise da literatura para adultos", observa Ieda de Oliveira. "Há um preconceito contra o ilustrador, como se ele não fosse também autor", diz. "E até os professores, que deveriam ensinar as crianças a ver, ignoram a parte visual por absoluta falta de formação", conclui a estudiosa.
Clipping enviado pela assessoria de imprensa da Ed. DCL:
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Um encontro imperdível
Acabo de ler o excelente O Encontro, de Anne Enright. Raras vezes li um texto com igual domínio técnico. A maneira como a autora trabalha e joga com a verossimilhança para narrar a história de uma família irlandesa que depois de muito tempo afastada é obrigada a se reunir em torno do funeral de um dos membros, história narrada em primeira pessoa por Verônica, um dos membros dessa família, esbarra na perfeição. Sabemos apenas por seu olhar, sentido, faro, lembrança e possibilidades. O que foi, o que poderia ter sido?
Num tom intenso e com associações desconcertantes, Anne Enright lida com o tempo da narrativa cruzando-o com o tempo da memória com tal destreza, que mantém o leitor magnetizado.
Justíssimo ter sido agraciada, por este livro, com o Man Booker Prize 2007. Anne Enright já confirmou sua vinda à FLIP, este ano. Será uma excelente oportunidade de ver e ouvir essa brilhante irlandesa.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Dica prática para conversão de textos nas novas regras ortográficas
Uma dica prática: para se fazer a conversão de texto das regras antigas para as novas regras ortográficas em segundos, basta entrar no site abaixo e digitar uma frase de até 100 caracteres. Ele faz a conversão do texto.
Ex: O vôo é auto-educativo, como vocês vêem.
O voo é autoeducativo, como vocês veem.
http://ramonpage.com/ortografa/
http://ramonpage.com/ortografa/
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
COLL - TOP OF QUALITY
Confesso que foi uma boa surpresa. A COLL - Consultoria de Língua Portuguesa e Literatura - fundada e dirigida por mim há 14 anos, juntamente com meu marido, Helênio, que é professor de Língua Portuguesa da UERJ e responsável por todo o trabalho de Português da COLL, recebeu o Prêmio "TOP OF QUALITY 2008".
domingo, 8 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
As últimas cerejas
Este texto foi enviado por minha amiga Alice Vieira.
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma tijela de cerejas. As primeiras, ela chupou-as displicente, mas percebendo que faltaram poucas, até rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabarolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalômanos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos a limpo". Detesto fazer acareação de desafetos que lutaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:"as pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos". O meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Quero a essência, a minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na tijela, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeções, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge da sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do Bem.
Caminhar perto de coisas e pessoas verdadeiras, desfrutar desse amor abbsolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Os da minha rua
Acabei de ler o belíssimo Os da minha rua, do Ondjaki. Curiosamente, parti para a leitura do livro, meio inconscientemente, tentando rever a Luanda onde estive ano retrasado, por seu olhar, tal como aconteceu quando assisti ao seu belo Oxalá cresçam pitangas e fiquei impressionada com o fato de que algumas imagens do filme eram as mesmas que eu havia fotografado em percepção semelhante. Comentei esse fato com ele, após a apresentação do filme, e também o de que pretendia enviar livros para Luanda para contribuir para a criação de uma biblioteca no Futungo. Ele se mostrou um pouco apreensivo em relação ao possível extravio dos livros. Não deu outra. Acabei sendo indenizada pelos Correios, mas não desisti ainda.
Acho que essa expectativa em relação à identidade do olhar sobre Luanda, em que até então eu acreditara, foi o meu primeiro movimento emocional para o texto. Fui derrubada logo no primeiro momento. O livro, que é composto de pequeninos capítulos, pétulas de memória, não é invasível ao olhar rápido de um viajante apressado. Não. Ele retém em sua delicadeza a virtuose da inocência, onde Ondjaki mira sua Luanda, revisitando-se em poesia.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
A cara do Rio
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
E por falar em Paris, uma dica...
É muito útil e prático o site da TV5 Monde. Em um dos ícones, por exemplo, dúvidas de vocabulário podem ser tiradas rapidamente no seguinte endereço: http://dictionnaire.tv5.org/dictionnaires.asp
É um bom dicionário on line. Vale a pena consultá-lo.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Notícia boa
A notícia alegre é o sucesso em Paris , o que não é fácil, dos shows da minha amiga Anna Torres. Para quem não sabe, é dela a bela voz e a direção musical do meu CD Brasileirinho-História de Amor do Brasil. A partir de março estaremos juntas por lá. Aqui no vídeo a presença também de Vicelow.
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