Com muitas flores, amigos e alegria, nasceu o Viva o Reino da Terra. Criei esse projeto há 26 anos. Na época foi impossível
viabilizá-lo, mesmo tendo recebido na ocasião o Prêmio Alice da Silva Lima para
teatro infantil texto inédito, da UBE. Queria que o livro viesse acompanhado
com CD, em que a história viesse também narrada por mim, representada e cantada
por atores/cantores e que as crianças pudessem interagir, brincar, fazendo
parte diretamente desse universo de sonho.
Brincar de pensar, escancarando as portas da
fantasia para
assuntos sérios, como a deterioração do planeta, a utilização de compostos
químicos em detrimento de adubos naturais nos alimentos, o envenamento progressivo
da terra e a urgência da flor, sem
ranços didáticos, mas com o riso fundamental da arte. Procurei, a partir de um
olhar dialético sobre o espírito humano, observar de maneira cúmplice a
ecologia da alma e a alegria contínua de semear a vida.
Tudo foi feito com imenso carinho
e dedicação por parte de todos os envolvidos: O belíssimo trabalho de
ilustração feito por Fabiana Salomão, os arranjos musicais feito pelo Zé
Antônio, os cantores, atores, técnicos, produtores, uma equipe enorme e
dedicada. O livro que esperou 26 anos
nasceu lindo, com direito a capa dura, projeto gráfico impecável, gravação no
Studio Flautin e um marcador de livros
que é semente.
Após a leitura, a criança planta
o marcador semente na terra e vinte dias depois nascem flores. A brincadeira é que
nesses vinte dias em que a flor estará surgindo para embelezar o planeta, que a
criança também procure tentar mudar alguma coisa dentro dela para contribuir
também para tornar o mundo mais bonito. Por exemplo, se implica muito com o irmãozinho,
se esforçar para não implicar tanto. A idéia é semear amor e práticas de
generosidade no dia a dia. É o que chamamos de ecologia da alma.
Entre os inúmeros e queridíssimos amigos presentes não poderia imaginar que teria a honra de receber
Amélia Lacombe, minha professora da oitava série no Colégio Estadual Olavo Bilac, responsável pelo amor que desenvolvi pela literatura.
Nos meus braços o mais jovem leitor presente.