domingo, 29 de março de 2009

Praga: a mais linda do mundo!

Fiz algumas fotos da cidade. Aqui, um trecho visto do Castelo de Praga e o rio Vltava.


Realmente Praga pode ser considerada uma das cidades mais lindas do mundo. Estou aqui há alguns dias. Fascinada. A beleza arquitetônica e a natural são de tirar o folêgo. E ainda tem o U Fleku, a cervejaria mais antiga do mundo, fundada em 1499. Tem razão o amigo Gustavo Bernardo, que deu a dica de ficar no hotel ao lado dela. A cerveja preta deles é inigualável. Ratifico a dica. Amanhã sigo para Paris para dar início ao pós-doutorado.

sábado, 28 de março de 2009

Feira de Bologna 2009

A Feira de Bologna, na Itália, é a mais importante feira de livros infantis e juvenis. O Brasil se faz representar pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), pela CBL e por vários autores, ilustradores e editores brasileiros. Todo ano a FNLIJ faz um catálogo com a seleção das obras publicadas no ano anterior e que irão representar a produção literária brasileira. Um dos livros selecionados foi O que é qualidade em Literatura Infantil e Juvenil - com a palavra o ilustrador.
O país homenageado este ano foi a Coréia e havia um enorme número de livros coreanos belamente ilustrados apresentados ao público, mas era enorme também o número de estandes e livros de várias partes do mundo. Essa feira não é para a compra direta de livros. Todo o material exposto é doado. Os negócios são feitos entre editores e agentes literários, que representam seus autores. Fotografei alguns livros e alguns momentos da Feira. Encontrei por lá muitos amigos escritores, ilustradores e editores.

Ilustração em livro coreano


Painel na entrada da Feira de Bologna com letras de vários alfabetos


Exposição de manhwas coreanos na Piazza Magiore em Bologna


Tenho comigo um material ótimo, mas não dá para colocar no blog agora. Estou em Praga e bastante ocupada. Tão logo possa, dou sequencia.

segunda-feira, 16 de março de 2009

História dos bairros cariocas

Foto Carlos Vieira

Para conhecer um pouco da história dos bairros do Rio de Janeiro, inclusive a origem dos nomes, é só clicar.

Abolição
Acari
Água Santa
Alto da Boa Vista
Anchieta
Andaraí
Anil
Bancários
Bangu
Barra da Tijuca
Barra de Guaratiba
Barros Filho
Benfica
Bento Ribeiro
Bonsucesso
Botafogo
Brás de Pina
Cachambi
Cacuia
Caju
Camorim
Campinho
Campo dos Afonsos
Campo Grande
Cascadura
Catete
Catumbi
Cavalcanti
Centro
Cidade de Deus
Cidade Nova
Cidade Universitária
Cocotá
Coelho Neto
Colégio
Complexo do Alemão
Copacabana
Cordovil
Cosme Velho
Cosmos
Costa Barros
Curicica
Del Castilho
Deodoro
Encantado
Engenheiro Leal
Engenho da Rainha
Engenho de Dentro
Engenho Novo
Estácio
Flamengo
Freguesia (Ilha do Governador)
Freguesia (Jacarepaguá)
Galeão
Gamboa
Gardênia Azul
Gávea
Glória
Grajaú
Grumari
Guadalupe
Guaratiba
Higienópolis
Honório Gurgel
Humaitá
Inhaúma
Inhoaíba
Ipanema
Irajá
Itanhangá
Jacaré
Jacarepaguá
Jacarezinho
Jardim América
Jardim Botânico
Jardim Carioca
Jardim Guanabara
Jardim Sulacap
Joá
Lagoa
Laranjeiras
Leblon
Leme
Lins de Vasconcelos
Madureira
Magalhães Bastos
Mangueira
Manguinhos
Maracanã
Maré
Marechal Hermes
Maria da Graça
Méier
Moneró
Olaria
Oswaldo Cruz
Paciência
Padre Miguel
Paquetá
Parada de Lucas
Parque Anchieta
Parque Columbia
Pavuna
Pechincha
Pedra de Guaratiba
Penha
Penha Circular
Piedade
Pilares
Pitangueiras
Portuguesa
Praça da Bandeira
Praça Seca
Praia da Bandeira
Quintino Bocaiúva
Ramos
Realengo
Recreio dos Bandeirantes
Riachuelo
Ribeira
Ricardo de Albuquerque
Rio Comprido
Rocha
Rocha Miranda
Rocinha
Sampaio
Santa Cruz
Santa Teresa
Santíssimo
Santo Cristo
São Conrado
São Cristóvão
São Francisco Xavier
Saúde
Senador Camará
Senador Vasconcelos
Sepetiba
Tanque
Taquara
Tauá
Tijuca
Todos os Santos
Tomás Coelho
Turiaçu
Urca
Vargem Grande
Vargem Pequena
Vasco da Gama
Vaz Lobo
Vicente de Carvalho
Vidigal
Vigário Geral
Vila Cosmos
Vila da Penha
Vila Isabel
Vila Militar
Vila Valqueire
Vista Alegre
Zumbi

E-mail enviado por André Conforte.

domingo, 15 de março de 2009

O suspense de Amélie Nothomb

Termino a leitura do bom suspense Mercure de Amélie Nothomb. Em linhas gerais, bem gerais, trata-se da história de uma enfermeira a quem é confiada a missão de cuidar de uma jovem que mora numa ilha deserta com um senhor. Aos poucos, a enfermeira percebe que há alguma coisa muito estranha ali e começa a investigar. Não conto mais, para não atrapalhar a possivel leitura que alguém queira fazer.

Num trabalho tecnicamente primoroso, a autora abre o livro com uma narrativa em primeira pessoa, sob a forma de diário (da personagem Hazel, "prisioneira" do velho senhor), e a partir daí, com pouquíssimas incursões em terceira pessoa, utiliza o recurso da técnica teatral, em que o narrador desaparece por detrás da fala dos personagens. Esse recurso, além de acelarar a narrativa e facilitar o suspense, permite que o leitor tenha uma visão de variados ângulos dos personagens. Na narrativa em primeira pessoa, como sabemos, ficamos com o olhar limitado pelo de quem narra, mas na profusão dos diálogos podemos perceber o que essa fala oculta. Isso é muito interessante do ponto de vista técnico. Até certo momento do texto, por exemplo, temos uma visão da enfermeira dada por ela mesma, mas, pela fala do velho senhor, podemos perceber aspectos ocultos do comportamento dela, que não nos seria possivel acessar.

Nesse jogo, somos aprisionados, não só por isso, mas, entre outras coisas, pela maneira profunda com que a autora procura vasculhar os motivos mais ocultos das ações humanas nas suas relações com a beleza, com a morte, com o amor.

Até onde sei, o livro ainda não foi traduzido para o português. Ficamos na torcida.

sábado, 14 de março de 2009

O talento de Cristina

Uma das coisas que me dão imensa alegria é compartilhar com todos o talento de grandes artistas. É o que procuro fazer aqui no blog. Alguns não conheço, a não ser por suas obras; outros são queridos da minha convivência. Esse é o caso de Cristina Biazetto, brilhante ilustradora gaúcha, amiga irmã, que estará lançando no dia 28 de março seu novo livro de imagens. De uma delicadeza impar, Cristina elege o rosa para abrir a sua Aurora. Não vou poder comparecer ao lançamento porque estarei fora do Brasil, mas convido a todos que possam a não perder essa oportunidade.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Último prazo

A Embaixada dos Estados Unidos recebe propostas em inglês para um projeto que resulte na redução de fontes terrestres de poluição marinha, causadas por produtos agrícolas, nos córregos e rios brasileiros. Serão concedidos US$ 75 mil ao melhor projeto, que será implantado no Estado do Mato Grosso ou em outro polo de intensa atividade agrícola nos estados brasileiros. Encerramento das inscrições: 31/03/2009
Maiores informações no site:

quinta-feira, 12 de março de 2009

Cinco vezes Adriana

A amiga querida Adriana Lisboa enviou um e-mail contando que ficou pronta a versão em espanhol do seu excelente e premiado Sinfonia em branco, Ed. Rocco. O livro já foi publicado em Portugal, Itália e França. Recomendo aos que ainda não leram que o façam com urgência.









quarta-feira, 11 de março de 2009

II LIHED

Será no dia 11 de maio, na Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, a abertura do II LIHED, Seminário Brasileiro Livro e História Editorial para todos os que estudam, pesquisam e trabalham no campo do livro, da leitura e da história editorial.
Muitos convidados nacionais já confirmaram a presença, assim como os convidados franceses: Roger Chartier, Jean-François Botrel, Diana Cooper-Richet, Michel Melot, Frédéric Barbier e André Vauchez, e também Manuela D. Domingos, da BN-Lisboa.
Os interessados podem obter mais informações no site www.uff.br/lihed

terça-feira, 10 de março de 2009

A história do "cerca Lourenço"

Desde pequena ouço uma expressão curiosa, e que nunca havia entendido até hoje, que me deixava intrigada. Era o tal do “cerca Lourenço” utilizado toda vez que alguém ficava de enrolação. Pois é, o que eu nunca poderia imaginar é que viria conhecer o neto do Lourenço, um “nerd” que é responsável pelo bom funcionamento de meus computadores e professor de minhas angústias informáticas. A história de seu avô me fascinou.

Imaginem que o Lourenço, que, como o neto, tem o sobrenome de Gilaberte, era sócio de uma antiga fábrica de sabão na Av. Brasil. Uma de suas diversões, e de alguns de seus amigos, era jogar cartas no antigo Jardim zoológico de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Lá havia um gerente que toda semana, como novidade, colocava um animal em destaque para ser apreciado pelos visitantes. Uma semana era a cobra, na outra o macaco e assim por diante. A turma que jogava cartas ali acompanhava sem interesse as trocas do gerente, até que um dia o mau cheiro de alguns animais começou a incomodá-los. Reclamaram muito, e aquilo acabou virando motivo de chacota.

Toda a semana eles brincavam para ver se adivinhavam qual o bicho seria escolhido pelo gerente para ser exposto aos olhares do público. Resolveram começar a apostar pra valer. A responsabilidade de recolher o dinheiro de todos e guardar até a outra semana, ficou a cargo do Lourenço.
Parece que na época, os jogos de azar estavam proibidos. Os cassinos foram fechados e segundo o Gilaberte neto, a turma se refugiou no que então ainda não tinha o nome oficial de "jogo do bicho". Pois bem, o Lourenço virou o dono da banca, quer dizer “banqueiro”, e o “negócio” prosperou muito, ao contrário da fábrica que ia mal das pernas.

Bem, não precisa dizer que o cerco policial foi intenso, mas nunca, nunquinha, conseguiram prender o Lourenço. A polícia chegava e gritava “cerca o Lourenço!”, que muito espertamente saía correndo em direção a um açougue que tinha uma porta falsa dentro do frigorífico, dando acesso a uma vila por onde ele fugia.
Hoje convivo com esse “nerd” incrível, Carlos Gilaberte, que seria a última pessoa do mundo para quem alguém diria “cerca Lourenço!”.

domingo, 8 de março de 2009

L'Africain


Termino a leitura de L'Africain, de J.M.G. Le Clézio, Prêmio Nobel de Literatura 2008. É um texto autobiográfico, de rara beleza, em que Le Clézio revisita a África, para onde foi aos oito anos com a mãe e o irmão, ao encontro do pai médico, de quem esteve afastado e que pouco conhecia. Gosto muito das percepções do olhar da criança recontruído no fio de sua memória adulta em emoções cruzadas pelo olhar estrangeiro, que busca compreender simultaneamente a África e o pai.

Li o original, mas há uma tradução em português, da Cosac Naify, feita por Leonardo Fróes.

Num dia de mulher

Fiz esta foto em Bom Jesus, Angola,
às margens do rio Kuanza


SINAL DE MÃE NAS ESTRELAS
as estrelas cortejam a nossa terra
só as mães cujos filhos cresceram-diria o poeta
sabem o que é senti-los distantes como as estrelas
e agarrando-se ao mastro da dor
só as mães sabem com certeza
ler as palmas desvairadas ao vento quando os olhos se perdem
na sombra duma ilusão em fragmentos
só as mãos das mães sabem os sinais das estrelas
nos filhos que se perdem todos os dias, por detrás do ódio
na noite e em dia pleno é sempre de amor
o amor que pelas mães todas as estrelas à terra fazem sinais.

Amélia Dalomba

segunda-feira, 2 de março de 2009

White Ravens 2009


Mil vivas ao querido Odilon Moraes, que acaba de receber o White Ravens 2009, da Biblioteca Internacional de Munique, pelo livro O guarda-chuva do vovô, da ed. DCL.
O Odilon é um dos brilhantes ilustradores que fazem parte do livro O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil - com a palavra o ilustrador, Ed.DCL (ver capa ao lado). Seu artigo "O projeto gráfico do livro infantil e juvenil" é leitura indispensável. Mais sobre ele pode ser lido na matéria "Fadas contra a crise", do Estado de São Paulo, postada aqui no blog.