Quando escrevi o Emmanuela, a Glória Pondé, queridíssima amiga, estava morando em Paris. Por e-mail enviei o texto para ela dar uma lida, como sempre faço com alguns grandes amigos. A resposta dela virou a quarta capa do livro. Tempos depois, num acidente cirúrgico estúpido, perdemos a amiga. Brilhante e sempre preocupada com a literatura infantil e juvenil, a Glória hoje é nome do prêmio criado pela Biblioteca Nacional para reconhecer os melhores textos produzidos para crianças e jovens. Para minha alegria, este ano, outro queridíssimo amigo é o vencedor. Mas não é vencedor apenas em qualidade literária, é um vencedor em toda a extensão que a palavra permite e não permite. É o Tempo de Voo do nosso Bartolomeu Campos de Queirós, ou simplesmente Bartô.